9.3.07

conto de terror

ele andava pela rua. era meia noite. olhou pra trás como se um fantasma o seguisse. distraído, bateu com a cabeça num galho de árvore, caiu no chão e morreu. seu corpo ficou lá por muitos dias. moscas e baratas alimentavam-se do sangue seco sobre a calçada. só tiraram-no de lá depois que o mal cheiro passou a incomodar um coveiro, que morava ali perto, vizinho ao cemitério. as moscas e as baratas passaram fome, mas o coveiro não se importou com elas: o mau cheiro era deveras insuportável.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ô Pina!

Realmente tô admirada com seus poemas! Gostei MUITO MESMO do Poema de Finados! Senti uma identificação enorme, é como se você traduzisse tudo num poema.
Aqueles versos, "esse sim precisa das flores", são geniais!

Abraço, sou sua fã :P

2:31 da manhã  
Blogger Mura said...

Joana fala com seu pai:
"-Papai, inventei uma poesia.
-Como é o nome?
-Eu e o sol. - Sem esperar muito recitou: - 'As galinhas que estão no quintal já comeram duas minhocas mas eu não vi'.
(...)
-Outra maior:
'Vi uma nuvem pequena
coitada da minhoca
acho que ela não viu'."
Perto do coração selvagem - Clarice Lispector

1:47 da manhã  

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