29.1.08

noite veloz

Ela, bonita
de um jeito
que ninguém
explica:
corpo que
só se decifra
na agudeza
da língua
molhada;

sangue, dilúvio
epidérmico sob
os lábios de cereja;

um gole quente
de cerveja:
doce e amarga,
a madrugada
fria;

nas ruas escuras,
mia um gato;

o amor sempre
veloz: amanhã,
mais um dia de
trabalho.

1 Comments:

Blogger Lisbela said...

musica "cupido" de quem?

2:05 da tarde  

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