A mão na garganta
por dentro dos nervos
por fora do tempo
TE CORTA E RODA E RODA
e leva a morte contigo
e teus pulmões inflados
e tuas mãos manchadas
de sangue
e terra
e trovão
Que as sombras sob teus pés
são rastros de morte
Que as sombras em teu corpo
cansado de solidão
Abre teu peito com a faca
quebra as costelas
e abafa em teu crânio
o pensamento
E MOVE A MANDÍBULA
E CORRE PRA LONGE
E CRAVA NO CHÃO
teu corpo
pesado.
E planta teus dentes na pedra
e a rega com o poema
e lambe o coração do vazio
e acorrenta teus pés
na cidade e grita teu nome
ao avesso
enquanto salta dos prédios mais altos
CORRE SOBRE AS NUVENS
E SE LANÇA AO CHÃO
que de nada servem asas
a quem não tem pés
por dentro dos nervos
por fora do tempo
TE CORTA E RODA E RODA
e leva a morte contigo
e teus pulmões inflados
e tuas mãos manchadas
de sangue
e terra
e trovão
Que as sombras sob teus pés
são rastros de morte
Que as sombras em teu corpo
cansado de solidão
Abre teu peito com a faca
quebra as costelas
e abafa em teu crânio
o pensamento
E MOVE A MANDÍBULA
E CORRE PRA LONGE
E CRAVA NO CHÃO
teu corpo
pesado.
E planta teus dentes na pedra
e a rega com o poema
e lambe o coração do vazio
e acorrenta teus pés
na cidade e grita teu nome
ao avesso
enquanto salta dos prédios mais altos
CORRE SOBRE AS NUVENS
E SE LANÇA AO CHÃO
que de nada servem asas
a quem não tem pés
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