A cinza de um momento de silêncio
I
O silêncio
tanto nos corta
quanto costura -
é nosso
câncer sem
cura.
II
Duas
pessoas
em pé:
retas
paralelas
da estranha
arquitetura
humana.
III
Dois pares de olhos
com medo – o barulho
das ruas cobre
o sussurro,
a brisa
e o vento.
IV
O ônibus em
movimento
rasga o tempo
da cidade:
vinte minutos
de distância
entre dois corpos
estáticos.
V
A chama
queima
o corpo –
é o passado: o futuro é
a cinza –
fogo
abafado.
VI
A distância lado a lado,
cinza de um circo
de silêncio, poeira
do desejo - essa
vontade desesperada
de que nada comece
de novo, só pra
que nada termine
mais tarde.
O silêncio
tanto nos corta
quanto costura -
é nosso
câncer sem
cura.
II
Duas
pessoas
em pé:
retas
paralelas
da estranha
arquitetura
humana.
III
Dois pares de olhos
com medo – o barulho
das ruas cobre
o sussurro,
a brisa
e o vento.
IV
O ônibus em
movimento
rasga o tempo
da cidade:
vinte minutos
de distância
entre dois corpos
estáticos.
V
A chama
queima
o corpo –
é o passado: o futuro é
a cinza –
fogo
abafado.
VI
A distância lado a lado,
cinza de um circo
de silêncio, poeira
do desejo - essa
vontade desesperada
de que nada comece
de novo, só pra
que nada termine
mais tarde.
3 Comments:
"essa
vontade desesperada
de que
nada termine de
novo, só
pra que nada
comece
mais tarde."
Acho isso genial. Conformismo e desistencia do ser. Ou não, sei lah. È no que pensei ao ler.
Ah, e claro, "o futuro é cinza".
(voltei a desenhar, dah uma olhada no estilo do traço pra ver c funfa com oq vc quer)
Ei Pina! Curti o seu Conto de terror... eu sei q não é o deste comentário mas vai aqui mesmo hehehehehhe
BJOS
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