17.5.07

Um simples poema inocente a uma inocente moça simples

Hey, moça.
Aproveite seu tempo.
A vida está aí
brilhando em teus olhos.
Tire os óculos
escuros, acenda um
cigarro e vamos
rolar no chão
abraçados. Dê-me
sua mão e me siga pela
rua. Um dia a vida acaba
e já era, sacou? Você
não estará mais aí,
e sua mãe que sempre te
protegeu dos carros
vai chorar
sobre teu
corpo atropelado.

Aí tudo acabou e
nós nem nos
beijamos. Aí tudo
se foi e você
ficou.

Você guardou
sua vida numa caixinha,
vedou-a a vácuo
contra a brisa da
morte e ficou
lá parada na estante,
esperando a tempestade
depois que estivesse
empoeirada.

Coragem, garota!
Sorria!

A morte é um beijo
que nos quer
levar pra
cama.