3.4.09

Uma coisa eu queria
que houvesse
em todos os poemas.

Que eles fossem furiosos
como a vida, que
fossem ritmados
como os
espirros.

Uma coisa eu queria
dos meus poemas,
que eles fossem bêbados
de cachaça, e pudessem
correr sozinhos
por aí a falar
besteiras.

Eu queria mesmo é que
os poemas fossem isso,
mas eles não são.

E eu fico até contente de
saber que o poema não
é a vida,
senão eu apenas
escrevia, e o resto
todo era uma
piada.

1 Comments:

Blogger Mura said...

Voltei a visitar os blogs. E esse, com certeza, foi o primeiro da lista.

6:40 da tarde  

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