7.12.09

Você é Jim Morrison, você está morto

Não deixe a raiva
tomar conta
de você! Não deixe
que teu pau
endureça e te leve pelas
estradas solitárias
da punheta que fode
o mundo; não deixe
que você se encontre com Deus
e sua vagina de
LSD e sua mente de poeta
e seus olhos vermelhos
de dor e sofrimento
não deixe que os teus bagos tomem
conta de teu corpo,
não deixe que o esperna inunde
teus ouvidos e a merda
corroa a tua alma;

não pense que você irá
se encontrar com uma verdade maior
nem que os anjos
te levarão daqui
porque às vezes
as portas da percepção são
também as portas
que te arrancam os
dedos;

não atole a própria língua no
cu, Jim Morisson, seu boçal
espírito funestro
da juventude, utopia
de zumbis a caminharem
sem vida pelas calçadas
rumo ao centro do sol
com seus cabelos esvoaçando
e os dentes caindo
podres e verdes
no chão, semeando a morte com
caninos de vampiro
e regando a terra
com o sangue de tua
estupidez;

Jim Morrison, você
está morto, você morreu, você
enfiou os pulsos por dentro
do cu, afundou-se na própria
merda e virou do avesso e os dentes
ficaram no cu e a boca comeu
merda. Jim Morrisson, profeta
do cu de ácido, dentes mastigando estrelas
sob o céu noturno do Alaska, castigo
eterno do mundo, senhor-muco,
cérebro frito à milanesa queijo
dos póros cabeça ensebada
do pau monstro atroz
mancha de
sangue no
inferno transeunte
da lei da ilusão
morte inútil e vida perdida
cavaleiro sem
cabeça a caminhar pelas
estradas noturnas
da humanidade, eu te digo,
Jim Morrison, você
está morto, você está
morto, não se esqueça que você morreu,
não se esqueça que seu
corpo podre sumiu do
mundo, não se esqueça
nunca que sua vida foi inútil, e que os
Deuses todos clamam pelo
castigo que um dia
irão lhe aplicar.

Jim Morrison,
canto de liberdade suicida,
combustão da morte em liberdade infantil,
sonho perene de ser Deus na podre carne do homem,
morte concêntrica que se morre em negatividade,
pau solitário que sangra o próprio rabo e chama isso de amor,
loucura simulada que espera por um raio de luz nas frestas das cavernas,
triste tragicidade que se dilacera em nome da razão,
monstro solitário escondido sob a máscara conivente de poeta,

Jim Morrison,
seu pedaço de merda,

você morreu!

1 Comments:

Blogger Laís said...

Pina. Acho que ainda não sei lidar muito bem com críticas a esses símbolos 'sagrados' para mim. Todo os anos 70 - e mesmo a Rússia - formam uma imagem meio que intocável pra mim, sabe? Se entendi direito o que li do Kundera (provavelmente não), diria que isso é um kitsch. Tenho mania de idealizar e "negar a merda". Com todas as minhas ideologias, inclusive.

P.S.: Tô te enchendo com esses comentários hiper longos?

1:07 da manhã  

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