27.5.08

A inconsistência das coisas

Amanhã a lua pode desaparecer como
o mundo todo
desaparece num
piscar de olhos - mesmo que volte num
átimo da consciência, já é
outro mundo em
outra consistência.

É dessa massa de todas
as formas de todas
as cores e de
todos os cheiros
que a vida é feita e refeita
a cada segundo
de todo
dia do
mundo.

Um dia ela está ali e te
beija a boca
e te escava com a língua
o coração; no
outro, foge
com o primeiro
trem sem nem te dar
adeus; qualquer dia a rua
se abre em vulcões
e dos céus
surgem os discos voadores
de outros planetas
e....... boooooom!, tudo
acabou.

Hoje, o amor é uma
gota de chuva sobre a rosa mais
feia do jardim; amanhã, pode
ser belo como se nunca houvesse antes sentido um orgasmo
a alheios trinta e seis graus
célsius; quem sabe do
futuro sempre se engana,
pobre coração.

A inconsistência das coisas
é o terreno
fértil das minhas esperanças
de terça-feira
de insônia.

2 Comments:

Blogger Mura said...

Citei você no meu blog.

12:52 da tarde  
Blogger Mura said...

No último post, sobre o cactus.

12:52 da tarde  

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