a janela
Um dia senti saudades
de uma sacada. Deixá-la era
deixar todo um mundo
claro como
o miolo do sol, horizonte
que se anunciava
no infinito que
nenhum par
de olhos
pode alcançar.
Hoje tenho medo
de deixar pra trás
a velha janela do edifício
Caiobá, onde um grande
tentáculo de concreto
revela em suas
entranhas opacas
toda a profundidade
da cidade invisível
como o
coração
dos homens.
É que a saudade
é esta
coisa estranha que dói na ponta
dos dedos e se encarna
no tempo presente
do meu corpo
cansado de
quarta-feira
à tarde.
de uma sacada. Deixá-la era
deixar todo um mundo
claro como
o miolo do sol, horizonte
que se anunciava
no infinito que
nenhum par
de olhos
pode alcançar.
Hoje tenho medo
de deixar pra trás
a velha janela do edifício
Caiobá, onde um grande
tentáculo de concreto
revela em suas
entranhas opacas
toda a profundidade
da cidade invisível
como o
coração
dos homens.
É que a saudade
é esta
coisa estranha que dói na ponta
dos dedos e se encarna
no tempo presente
do meu corpo
cansado de
quarta-feira
à tarde.
1 Comments:
Saudade também é medo.
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