9.12.09

O poeta é o pedaço do mundo que se estica madrugada à dentro sob um colchão de carne e abocanha as palavras e as condena ao abismo sombrio da própria garganta, o grito (o horror! o horror! destruam todos os brutos!) sem ter por onde passar sem olhar para os lados esperando a morte que o persegue e que às vezes é preciso despistá-la (morrer, morrer, meu Deus da morte, carregar-se até o infinito da vida, virá-la do avesso, esperar por um segundo de paz - a morte, a morte, a morte -) terror dos homens em suas vidas calmas, a calmaria das estrelas os ventos polares os monges de braços abertos (usurpa-te profeta da luz, usurpa-te da própria poesia, faz da palavra o mistério dos aflitos, faz com que ela seja lição de pedagogia, mostre-a às crianças e peça-as para inquirí-las, queime-as na fogueira (os poemas nunca merecem o mundo dos poetas) e enfia-lhes uma lança no peito - senhores deuses cantos a dizer ABRAHAMMUNDODEDIDIDIAA!!!!! BATE- nos olhos !) SUMario Dá a vida pra quem quer
daaaaaaaaaaaaarrrrrs dirzersada ROçizerial, o mundo sob o olhar de quem quer dizeeeerrrrrr algo sobre o que não diz nada 0e9djsj (soldados, soldados, o poema é este pedaço de carne a apodrecer entre as palavras) suspendam-no ergam-no façam-no beldade enfiem-lhe o nariz na guela solvam com os dentes raspem com as línguas ANGUR, MITUR, IGTUR, FRAZ, GRAZ, HANKS, branquichava, senhores-muco-deuses mortos-em-corpos-solitários profetas sem sonhos sonhos de deuses sem nomes nomes sem deuses palavras ao vento (TRÁGi-direeaeeeeeaaaaaar´éééia asd JRJT djkçlmad. vap]ons
ml~vaiapsomo´l
gbjopa
aomsodjdkvd \SAMFDKOA salmd sm,slaori dor ror dor dor dor dor dor dor dor dor rod doas dasdjas ror rod ririd dpoeoeoeoeoe dorororor rorororororororordeps aaasapra ssss ssu suumm suuummm spraddasd RARR RARRR AMÁGUA PERDER-SE MORRER-SE ALTURIZAR-SER_CORRAM, corram, corram!!!! as palavras te perseguem fefrriri asdlkaskd RÀ, às mãos por sobre aos montes - caguem-se e comam lakshr vrá vrá vrá, cráquitepuiacerto, mandaquyórtes quiexpluda a M´SUCICA A M´SUCIA O ERRO, bandalerite, alguem averigue a verdade por sobre SIRMTARTZU

O POETA é DEUS, o poeta é Deus o poeta tem o mundo sobre a ponta das unhas a terra o envolve - a TERRA O ENVOLVE- senhorcatapulta-sonhosfrustradoshomens-gelados-amorsemcandura-tremem os céus- os deuses disseram que sobre um pote de luz e de estrógeno e queratina e proteicos-monstros da consciência - quem sou eu, junkie food ambulante drogas a corromper o pensamento poema sem dádiva clamorrrrrr da morte

A função do poeta é a função dos deuses: morrer no tempo e tempo-fazer-se, correr por linhas-sem-frontes abraçar-o-mundo com o gesto de alegria


TRA TRA RRRAAAAA HARASRITITUIACAMANGONA- WARTAEEEEEEEEE CAMARIPTUCRAIAMóRSTIFODREPRACRAPACROBAINA tra TRÁ, VRá, trá giasrurlescro, trépido, crônico, crômico, cômico, obsoleto

sedam-me
e voltem
para a escola