24.12.09

JEREMY DISSE: BOOOOOOOM!

Sou tão livre que nem sei por
onde começar, poeta tirano,
senhor de chifres
que se apóia
em sua espinha e em teus
ossos de ferro e chumbo,

CORPO, no centro
do universo, sem cérebro, todo
nervos e gritos, a liberdade
de não querer andar,
sentar-se em frente
à geladeira
e esperar sua garganta inflamar
e dizer palavras sem
sentido, desprezíveis,
intactas, guturais, e então
fazer do canto uma
forma de morte
gritar o grito gutural,
rasgar a garganta
.......... um fio
de sangue.

Eu sou livre não porque em volta
de mim não haja poder a acorrentar-me,
mas porque há um poder sem
limites dentro de mim,
indeciso e intransigente, que pede
todos os dias para
não ser o mesmo, e nunca
saber quem se é
e ser o abismo,
ser sem saber
por onde
começar.

1 Comments:

Blogger Laís said...

Acho esse poema me lembra alguma coisa!

Gostei especialmente da última estrofe, pois me sinto exatamente assim quando estou entusiasmada! Uma pena que sempre depois desse pico me dá uma puta depressão. Acho que acordo e percebo que sou um saco de batatas e tenho de voltar pro FLAPI. :P

9:55 da tarde  

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