31.12.06

Os filhos da puta

17.12.06

O circo de um momento de silêncio

I
No fundo
dos teus olhos dá
pra ver
que amanhã
talvez o sol
não nasça - só de
pirraça.

II
Não tem
graça se
cada beijo
não for
uma piada

III
Não há
braço nem
palavra que
tranquem teu
par de asas – isso
é o que
nos enlaça.

IV
Nosso riso
é um suspiro
que nos traga
- somos
fumaça
de fogo
de palha.

V
O sussurro em
nosso ouvido é
a brisa da madrugada,
que passa suave
entre as
casas de
Londrina.

VI
O circo foi-se embora,
foi-se o riso, foi-se
o palhaço. Mas fica
a saudade, essa vontade
de que tudo comece
de novo - só pra que
tudo se acabe
mais tarde.

14.12.06

Flashs

O amigo do bêbado.

- Porra! Porra! Tá vermelho! Tá sangrando!

O amigo que carrega o bêbado.

- Puta que o pariu! Cê é pesado pra caralho!

Outro amigo que carrega o bêbado.

- Pára de gritar, caralho! Pára de chorar!

O calmo amigo do bêbado.

- Recita um poema aê, Pinezi!

O bêbado carregado.

- MEU PÉ SANGRA COMO A CHAGA DE JESUS!

O amigo rolando no asfalto.

- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Ai, caralho! Tá doendo a barriga!