Que a solidão me diga
onde ir, quem
liga
que a morte
venha, quando
os dias
passam e o rastro dos
mortos aflita-se em teu
peito.
Tenho preguiça
de pensar.
Tenho preguiça.
Mas o mundo em minhas mãos
tem formas que
desconheço.
Que me diz o pinheiro distante
que em sua firmeza
desafia o concreto
dos prédios mais altos?
Meu dedo cortado,
em frente à noite densa
ao uivo do gato
às garras caninas
ao lobo dos olhos
ao globo do mundo
SOU FUNDO
como um apocalipse
cuja promessa
é o amanhã.
SOU LUZ
que quando amanhece
esvanece sem vida.
SOU TUDO
que dança
na madrugada
e lhe desafia.
A solidão de Deus me olhando nos olhos.
Eu tenho a morte
como quem tem
um filho.
onde ir, quem
liga
que a morte
venha, quando
os dias
passam e o rastro dos
mortos aflita-se em teu
peito.
Tenho preguiça
de pensar.
Tenho preguiça.
Mas o mundo em minhas mãos
tem formas que
desconheço.
Que me diz o pinheiro distante
que em sua firmeza
desafia o concreto
dos prédios mais altos?
Meu dedo cortado,
em frente à noite densa
ao uivo do gato
às garras caninas
ao lobo dos olhos
ao globo do mundo
SOU FUNDO
como um apocalipse
cuja promessa
é o amanhã.
SOU LUZ
que quando amanhece
esvanece sem vida.
SOU TUDO
que dança
na madrugada
e lhe desafia.
A solidão de Deus me olhando nos olhos.
Eu tenho a morte
como quem tem
um filho.