Usar drogas em Tókio - uma apologia ao ópio Londrinense

Eu adoro insulina!
Também gosto de marmita e de absinto.
Arde como enfiar pimenta no rabo!
(Oscar Wilde Horses)

Você vai estar
sempre tão longe. E eu
,como sempre,
fugirei.

Eu sei como é
,como sempre é,essa coisa de tudo se repetir
com o mesmo corpo
mas com a roupa
diferente e a fina ironia
no sorriso.

Eu sei que é difícil
tirar as coisas da
caixinha e deixá-las em cima da mesa.

Ah! Você sempre estará
tão longe, e eu sei o caminho
para fugir
,como sempre.Abra a casquinha de noz,
de dentro pra fora
de fora pra dentro
de fora
de dentro
por onde for, mas
quebre a casquinha com uma martelada amarelada.

Pôxa... hoje usei drogas. O médico me disse: “você vai
morrer se continuar com esse peso” e
pensei que, enquanto caímos, não
importa nossa massa, segundo
as leis da física. Eu uso drogas e é
como se estivesse caindo... como se eu fosse igual a qualquer
coisa pequena e magra,
como se eu fosse o rei da Filosofia Foucaultiana.

Eu tenho um livro do Gay Talese e meu pai
acha que, por tê-lo, o Gay sou eu.

Hey! Hey! Hey!Ele usou drogas... ou seria o Hunter Thompsom (ele tinha

nome de impressora, que coisa mais Gonzo, não?)

Defina-me tempo

enfie o dedinho no cu
Qual é o problema com você?

O cigarro de palha
Não interrompa seu fluxo de pensamentos
Inclusive, pensar em interrompê-los é não interrompê-los!
MALDITOS MARXISTAS! (Por um momento eu ia escrever viatcongs...)
Roubaram meu chapeuzinho vermelho
Piui! Piui! Piauí fon fon!vuco-fuco-vuco-fuco
ELE USOU DROGAS E EU QUE VOU MORRER????????

AHHHHHHHHHHH!

mamãe! Mamãe! Onde está você agora que não está do meu lado?
Trepando com papai numa cama de casal?
A rede, diz ela, se adapta à sua coluna e impede dor nas
costas. Nunca vi índio com dor nas costas. Nunca
vi índio nenhum!

Opa! Vi sim! O Osias, mas esse você
não conhece!

Diga-me (era pra eu ter dito “Osias rima com poesia” mas não queria rimar)
por que as pessoas
são assim?

Deus! Pare de usar drogas!

não Deus, você!
Deus era exclamação!

Não se diz exclamação, mas sim advérbio!

Larga a mão de ser burro!

Advérbio é outra coisa... aquele que acompanha o verbo.

Aquilo é um vocativo ou um aposto
E não estamos falando de morfologia mas
sim de sintaxe ( o que é diferente de SIN se SINtaxe!)
CHUPA DON CORLEONE!
CHUPA!

PARMEIRA-RA-RA-RA!!!!!!!
TRÊS A DOIS EM CIMA DO VASCO! E DE VIRADA
sou feliz pra caralho! não substituo minha vida sexual por chocolates, como metade dessas donzelas ibitinguenses
Tenho um cachorro e um cigarro de palha....

Hahahahahahahahahaha

de palha!

Malandrão-ão-ão!

Não!!!

Não quero comê-la!

Ela é chucra!

TRUCO!

Já dizia a sabedoria Hindu: "Picanha é a bunda do boi!"

Deus sou Eu: quem discorda é ateu.

Canção de amor para uma bundinha murcha

Ah!, garota, cada
segundo ao teu lado
é como bater com
uma marreta no meio
do saco; é como
sentir cheiro de
pão fresco em frente
à padaria e não
ter um centavo
no bolso; é como
saber o gosto
de macarrão caseiro
e ser obrigado a comer
miojo; é como ser
um padre alcoólatra
na hora de consagrar
o vinho; é como ter
nojo de azeitona mas
adorar empada; é como
ter dito “eu te amo”
na noite passada
e acordar hoje com
uma baita duma
ressaca; é como se arrepender
de te amar antes
mesmo de tocar com
a língua a pontinha
desses teus peitinhos
achatados de ovo frito.

Ah, garota,
te amar é mesmo uma merda quando você está por perto.

Fumo para
morrer. Não é triste, nem
heróico, nem
sublime – é só um êxtase
da morte que já trago
no peito. Causa-me
um mal estar a
fumaça, uma tontura,
um torpe, e é essa
a graça de
tragá-la: sentir-me
fogo por dentro e sorrir
por futilidades.

Um prazer
que degustamos
aos poucos: suo,
e a vida me
sai pelos poros; choro, e
a vida me vaza os
olhos; gozo, e a vida
corre por minha
uretra até o
ralo de uma
vagina qualquer.

É minha
amiga de
madrugadas,
um gole de
café:
a morte
nasce no
peito e rasga
no meio a
eternidade.